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Protagonismo das mulheres em debate na Câmara

Câmara 12/03/2018

Comissão da Mulher promoveu evento no dia 8 de março

A Câmara Municipal de Gravataí promoveu um evento no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para debater o papel da mulher nos espaços de poder da sociedade. A atividade foi organizada pela Comissão de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher.

 

A comissão é presidida pela vereadora Rosane Bordignon (PDT), e também é composta pelos vereadores Alan Vieira (PMDB, relator) e Roberto Andrade (PP, membro).

 

Além deles, fizeram parte da mesa no evento o presidente da Câmara, vereador Airton Leal (PV), a primeira-dama do município, Patricia Bazotti Alba, representando o Executivo, e, representando o Judiciário, Margarete Melo, servidora do Foro de Gravataí.

 

Rosane Bordignon disse que "mulheres permanecem e permanecerão em postos de poder, tanto em instituições privadas quanto no setor público, em suas distintas esferas". Ela afirmou que o "empoderamento se dá por nós mesmas, mulheres".

 

Airton Leal destacou em sua fala a criação da Comissão da Mulher a partir de projeto de sua autoria aprovado em 2017, e se disse emocionado por ver "tantas amigas guerreiras" no plenário da Câmara.

 

Patricia Bazotti Alba afirmou que "ainda há muito trabalho para fazer na luta por um mundo mais igual". Margarete Melo destacou que as seis magistradas do Foro de Gravataí são mulheres, bem como 70% dos servidores.

 

A cantora Glau Barros fez uma apresentação musical. Após, houve uma palestra de Lisiana Carraro, pesquisadora e professora de Direito das universidades Feevale e Ulbra.

 

Na fala, intitulada Mulheres super-poderosas: você é heroína de sua própria história, ela defendeu "que todas nós sejamos protagonistas de nossa própria história. Todas nós somos capazes", disse.

 

A professora apresentou dados que mostram a conquista de maior autonomia social por parte das mulheres nas últimas décadas no país. A proporção de famílias chefiadas por mulheres passou de 15%, em 1980 (contra 85% por parte dos homens), para 40%, atualmente - contra 60% de famílias chefiadas por homens.

 

"Esses números são uma afronta ao machismo", disse. "Eles mostram mulheres tomando lugares que, em tese, estariam reservados aos homens na nossa sociedade machista e de dominação masculina".

 

"Oxalá a gente consiga mudar os dados de desigualdade e de violência e conseguir o que tanto pleiteamos, que é uma sociedade mais justa", afirmou Carraro.

 

Após a palestra, houve uma roda de conversa e de debate com mulheres gravataienses que são protagonistas em suas áreas de atuação. Elas ocuparam a posição dos vereadores no plenário e debateram o machismo na sociedade e o empoderamento das mulheres a partir de suas vivências pessoais.